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Representar perante as Autoridades Administrativas e Judiciais, na Defesa dos Direitos e dos Interesses gerais da categoria profissional de Agentes de Saúde Ambiental e Combate de Endemias, bem como os interesses individuais de seus associados.

sábado, 24 de abril de 2010

Servidores param de novo quarta

Sindicatos reuniram-se com a Prefeitura do Recife, mas negociação foi frustrada
CAROLINA ALBUQUERQUE
Os servidores do Recife já têm uma data para nova paralisação: próxima quarta-feira, mais uma vez, por 24 horas. A decisão foi tomada pelos representantes dos 13 sindicatos municipais das várias categorias após uma mesa de negociação frustrada com a Secretaria de Administração do Recife, que durou cerca de quatro horas. A reivindicação é de um aumento salarial de 14,63% e dos tickets de refeição para os 25 mil servidores que compõem o quadro municipal, além da implementação do Plano de Cargos e Carreiras e Vencimentos (PCCV). Porém, a contraproposta só contemplou um reajuste de 4,76% para todos os servidores, com exceção dos professores. Na manhã de ontem, mais de 500 servidores do Recife deixaram seus postos de trabalho para se concentrarem na frente da sede da prefeitura municipal, no Bairro do Recife.

No dia 3 de março, foi apresentada a primeira pauta de reivindicações à Prefeitura. A resposta foi um aumento de 3,67%, recusada pelos sindicatos. A presidente do Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere), Andrea Batista, disse que o reajuste salarial sugerido está abaixo da inflação do período. “Todos os servidores amanheceram paralisados em protesto contra o percentual oferecido, que além de ser baixo ainda exclui os professores. Pelo menos, 300 escolas e creches não estão paralisadas”, afirmou. De acordo com ela, o percentual de adesão à greve de advertência foi de 90%.

Já o diretor do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Recife, o agente de saúde Ednaiptan de Souza, quer um início de equiparação salarial dos profissionais de saúde com a classe dos médicos, enfermeiros e dentistas. “O setorial saúde exige 25%, porque os médicos tiveram um aumento de 56,76%, no ano passado. Isso seria o início de uma retratação salarial para os demais profissionais”, comentou. Mais de três mil funcionários formam o quadro do Sindicato. Atualmente, o agente de saúde recebe um salário-base de R$ 551 (fora os bônus), apenas R$ 41 a mais do que o o mínimo brasileiro.

“Até a nova data de negociação, nós decretamos estado de greve. Ou seja, a qualquer momento, nós poderemos entrar em greve. Esse foi o prazo que nós estabelecemos para a Prefeitura se pronunciar sobre as nossas reivindicações, já que em relação aos outros pontos, não foi apresentada nenhuma proposta”, disse Andrea. Das 224 escolas municipais, 26 tiveram paralisação total e 32 parcial. A Secretaria de Educação informou que as aulas serão repostas posteriormente. Já a Secretaria de Saúde não tinha ainda o número do percentual de adesão. De acordo com a Prefeitura do Recife, após a reunião, todos os funcionários concordaram em voltar às atividades até a próxima data de negociação. Em nota, a assessoria de Imprensa da Prefeitura acrescentou que “foi fechado acordo com as categorias de engenheiros, arquitetos, agrônomos, clínicos e médicos veterinários. Por fim, foram apresentadas novas propostas aos Auditores Fiscais de Renda da PCR e ao Sindicato dos Músicos”.