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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Esquistossomose chega a 13 praias do litoral de Pernambuco

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontraram focos do caramujo transmissor da esquistossomose nas praias de Pernambuco. A doença, mais comum na zona rural, mata mais de 200 pessoas por ano no Estado, número dez vezes maior que o da dengue.

Segundo os pesquisadores, em dois anos triplicou o número de criadouros de caramujos, principais hospedeiros das larvas que transmitem a doença. Eles foram encontrados em riachos, lagoas, córregos e valas de 13 cidades litorâneas.

No litoral sul, em São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré, Sirinhaém e Ipojuca. Na Região Metropolitana, em Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Recife, Olinda e Paulista. No litoral norte, em Igarassu, Itamaracá e Goiana. No Recife, o foco foi encontrado no açude de Apipucos.

“Nós verificamos que, além dos focos existentes, havia outros criadouros com uma nova espécie de caramujo do interior, introduzida recentemente no litoral”, afirmou a pesquisadora da Fiocruz, Constança Simões Barbosa.

O estudo foi realizado em setembro de 2008. Das 43 praias visitadas pelos pesquisadores, em 26 foram encontrados criadouros dos caramujos que transmitem a esquistossomose.

Porto de Galinhas, Gaibu, Enseada dos Corais, Janga, Pau Amarelo, Mangue Seco, Enseada dos Golfinhos, Forte Orange, Carne de Vaca e Ponta de Pedras estão entre as áreas com focos do molusco. Dois tipos de caramujos foram encontrados nesses locais.

Cuidados são necessários, mas a pesquisadora da Fiocruz diz que não é preciso deixar de ir à praia. “Se as pessoas pisam nas águas contaminadas podem ter doença, então tem que tomar cuidado com poças que tenham caramujos”, explicou. “Entrar na água do mar ou tomar banho de sol não tem problema”.

DOENÇA
A esquistossomose é transmitida pelo parasita Sistosoma mansoni, presente nas fezes humanas infectadas. Ele se utiliza do caramujo como hospedeiro para reproduzir as larvas que, liberadas na água doce, contaminam o homem entrando pela pele ou mucosa.

Em 90% dos casos agudos da doença, não há sintomas. A forma crônica atinge 10% dos pacientes e não tem cura. “Ela é praticamente assintomática”, afirma a médica Ângela Bandeira. “A doença comum tem cura, há uma droga disponível no sistema público de saúde que trata a forma intestinal da doença”.

Saneamento básico, instalação de água e esgoto nas casas, educação sanitária, evitar tomar banho em rios, e ter contato com água represada onde possa existir caramujo são meios de combater a esquistossomose.

De acordo com os médicos, é importante que o tratamento seja feito logo. Quanto mais tempo demorar, menor a chance de cura. Os exames são realizados em qualquer posto de saúde municipal.

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